Há 63 anos, os Estados Unidos destruíam a cidade japonesa de Hiroshima com o apertar de um botão. Na hora, morreram 140 mil pessoas e, depois, muitas mais. Um ano depois do ataque, a revista New Yorker, que já dava as cartas no jornalismo americano, publicou apenas uma matéria em sua edição do dia 31 de agosto. A capa ingênua não dava o tom do conteúdo. Por 15 centavos, comprava-se nas bancas uma longuíssima reportagem sobre os efeitos dramáticos da bomba nas vidas de algumas vítimas – além dos anúncios de sempre e da agenda da semana.
A edição completa está aqui. Hiroshima começa na pagina 15.
Complementando: Dias depois, a repercussão continuava aumentando. Nova dias depois da publicação, o almirante William Halsey, da 3ª Frota, declara à imprensa que os japoneses já estavam próximos da rendição – e que os americanos sabiam disso – antes da bomba ser lançada. A operação foi caracterizada por ele como um "experimento desnecessário".
Em fevereiro do ano seguinte, o ex-secretário para a Guerra, Henry Stimson, redigiu um contra-petardo entitulado "A decisão de usar a bomba atômica" na Harper's. Seus argumentos continuam a ser repetidos hoje por quem defende a decisão do governo americano.
6.8.08
Bomba
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