"Vocês destruíram a natureza com seus resíduos tóxicos e os vapores de suas indústrias mais que qualquer país. A despeito disso, se recusam a assinar o Tratado de Kyoto para garantir o lucro de suas empresas gananciosas"Algum militante do Greenpeace malhando os EUA? Não. O bom e velho Osama.
O artigo de Reza Aslan é mais que uma simples resenha de The Al Qaeda Reader, que saiu agorinha nos EUA. Ele ataca a tese de que se pode entender a Al Qaeda a partir das declarações de seus líderes (tese que eu mesmo defendi no Prosa & Verso há um ano e meio, numa crítica sobre outra seleta de textos da Al Qaeda, Messages to the world). Como Aslan bem aponta, a organização não elucida um programa, não oferece sequer propostas concretas para consertar o que vê de errado no mundo. Seus comunicados e discursos estão cheios de reclamações. E muitas reclamações a que qualquer um poderia subscrever. Talvez seja mais busca de aliados que qualquer coisa. Para fazer o que depois é coisa pouco clara – até para os "alqaedistas".
Talvez o mais certo seja ler gente que fale sobre a Al Qaeda e aponte isso com precisão, como Gilles Kepel, no seu fantástico Jihad, que resenhei (para sorte da minha consciência) ano e meio antes, no Idéias, do Jornal do Brasil.
Na dúvida, melhor ler tudo.
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