Uma das minhas tarefas já pregadas na cortiça mental é tentar entender a crueldade mexicana. Não estou falando de todos os mexicanos, claro. A maioria das pessoas que conheço ou com quem converso, ainda que para pedir um café, é de buarquianos hombres cordiales. Tanto mais estranho, então, ler sobre vítimas do narcotráfico decapitadas aos montes ou que seqüestradores exigiram que uma família pagasse o resgate durante a marcha de sábado contra a violência. Miséria ou injustiça social não explicam isso. A necessidade de mostrar aos inimigos o quanto se é mau, talvez?
De alguma forma, a vida nesse país gera pessoas aterradoramente más.
1.9.08
Tarefa
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2 comments:
Dever de casa: números, números! (Se é que se pode quantificar malvadeza.) Será que a "crueldade mexicana" é pior que a nossa? Os traficantes daí têm microondas? Os daqui têm..Como é que a violência daí se compara com a brasileira? Converse com os Micheis Misses e os Luiz Eduardos Soares daí e depois nos conte, ou pelo menos consulte algum número pra embasar sua tese! [Pra ser menos mala, li nalgum lugar, não me lembro onde, algum gringo célebre espantado com o desprezo mexicano pela vida. Citava a machadada no Trosky. Malvadeza de longa data...)
Oi, Cat. Fiz uma constatação: alguns mexicanos são cruéis. Ainda estou à cata de uma tese que explique o porquê – o momento zero da busca aconteceu logo antes do post. E por fim, nunca foi meu impulso comparar a crueldade mexicana com a brasileira ou qualquer outra. Você já aponta: com que medida? Que número, sozinho, mediria a crueldade universalmente?
De qualquer forma, bem-vinda de volta!
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