5.10.08

Mi crisis, su crisis


Centro de Comunicaciones Palmeras, Bejucos

Esse era o título que sugeri aos editores da Folha para a matéria sobre como a crise americana está afetando a economia do outro lado da fronteira, no México. Para fazer a reportagem, viajei a uma cidadezinha perdida na Sierra Madre chamada Bejucos. Poderia ser no Brasil: vida em torno da praça central, onde também fica a igreja e a delegacia. Praticamente só há mulheres, crianças e velhos na cidade. Os homens foram para cidades maiores, sejam elas no México ou nos EUA. Posto agora o primeiro parágrafo e depois os textos completos. Eles já estão disponíveis no site da Folha, só pra assinantes (clique em "próximo texto" para ler todos"):

"Griseldas Solís, 33, faz sua parte: penteia o cabelo para trás com esmero, aplica uma grossa camada de sombra cor-de-rosa nos olhos para combinar com a blusa e os brincos chamativos e se posta o dia inteiro à frente da Boutique MexUSA, numa das esquinas da praça central de Bejucos, cidadezinha de três mil habitantes na Sierra Madre mexicana. Não adianta: poucos aparecem para comprar as blusas decotadas e coloridas que acarpetam as paredes da loja. Não há dinheiro circulando na cidade. A culpada tem as mesmas cores das unhas azul-branco-escarlates de Griseldas: a crise econômica dos EUA, que está batendo duro nas remessas enviadas de volta para casa por imigrantes mexicanos legais e ilegais."
Na Folha, a foto que ilustra é a de Griseldas, mas aqui preferi pôr outra, de uma casa de câmbio onde se recebe dinheiro vindo dos EUA. No fundo, são fotos da mesma coisa: a espera. Mais fotos de Bejucos aqui.

Atualizando: a matéria como saiu na Folha está aqui.

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